terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Is this Love - WhiteSnake

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Dance for the climate

A Aventura associa-se à iniciativa Dance for the climate

Siga no facebook
ou em www.dancefortheclimate.org



abraço
Pedro
2009.12.01

domingo, 29 de novembro de 2009

Eric Clapton - My father eyes

Uma versão diferente mas igualmente tocante



Pedro
2009.11.29

1300 visitas

O Aventura chegou às 1300 visitas ao fim de um ano no ar.
É curioso pq este è também o momento em que menos atenção tenho dispensado a estas coisas.

De qualquer modo, o meu obrigado aos que me tem honrado com a visita e as minhas desculpas aos que se sentiram defraudados com o conteúdo :).

Bjs

2009.11.29
Pedro

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

ONU preocupada com jovens que navegam sozinhos na Internet

A União Internacional das Telecomunicações (UIT), das Nações Unidas, mostrou-se hoje preocupada com os jovens que navegam sozinhos na Internet e anunciou o lançamento de recomendações para garantir uma melhor protecção das crianças online
«É uma das coisas mais importantes que a nossa geração deve fazer para proteger as nossas crianças», sublinhou o secretário-geral da UIT, Hamadoun Touré, no âmbito da Telecom World, uma feira de telecomunicações, que está em Genebra, Suíça, desde segunda-feira.

O responsável das Nações Unidas explicou que as recomendações da União Internacional das Telecomunicações podem ser consultadas na Internet e vão mudar de ano para ano, devido à rapidez com que o sector das telecomunicações se altera.

Estas recomendações destinam-se aos políticos e industriais do sector, pais e educadores e também às crianças.

«É preciso fazer com que as crianças compreendam que aquilo que elas vêem não é aquilo que parece», explicou um responsável da organização Save de Children (Salvem as Crianças), Dieter Carstensen.

A UIT recomenda ainda os jovens para que tenham atenção aos seus encontros virtuais e para que filtrem bem os convites que recebem.

Mais de 750 mil «predadores» sexuais procuram entrar em contacto com jovens estão online permanentemente, segundo um relatório apresentado em Setembro no Conselho dos Direitos do Homem das Nações Unidas.

«Para muitos jovens, há uma linha ténue ou não há linha nenhuma entre o mundo real e o mundo virtual», considerou Nenita Larose, directora da organização Helpline International, uma rede de associações de ajuda telefónica a jovens de 160 países.

A UIT estima que em 2009, cerca de 1,5 mil milhões de pessoas recorram à Internet, contra apenas 200 milhões em 1998.


texto retirado do SOL de 2009.10.08
http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Internacional/Interior.aspx?content_id=150182

2009.10.08
Pedro

terça-feira, 22 de setembro de 2009

A Tendencia das Pulseiras Snap

O ser humano arranja sempre formas de comunicação não verbal para criar grupos fechados, ou passar mensagens que sejam inteligíveis para quem não saiba as regras associadas a cada "comportamento ou objecto usado".

É algo que me fascina e que me provoca admiração, especialmente porque estas "linguagens" são quase na sua grande maioria para fazer coisas ilícitas (o génio humano adora secretismos e sentir-se especial/diferente/único).

Esta "nova tendência" é um bom exemplo desta temática, o Snap - "jogo" mas para mim é realmente uma lingua, no qual a cor da pulseira indica uma disposição para praticar uma determinada actividade sexual. Quando um rapaz arranca a pulseira a uma rapariga, indica ostensivamente que essa actividade irá eventualmente ter lugar.

Tipicamente são pulseiras de material borrachoso que se assemelham a umas que se tornaram populares nos anos 80. Mas, ao longo dos últimos anos, algumas escolas norte-americanas têm-nas proibido por temerem que se tenham tornado símbolos de actividade sexual. Com efeito, inúmeros websites sobre pulseiras de gelatina, ou pulseiras do sexo, fazem referência ao jogo snap, e alguns dos sites contêm mesmo a descodificação das cores, que passo já a identificar:

Yellow - indicates the wearer is willing to HUG
Pink - indicates the wearer is willing to give a hickey
Orange - indicates the wearer is willing to KISS
Purple - indicates the wearer is willing to kiss a partner of either sex
Red - indicates the wearer is willing to perform a LAP DANCE
Green - indicates that ORAL SEX can be performed on a girl
Clear - indicates a willingness to do "whatever the snapper wants"
Blue - indicates ORAL SEX performed on a guy
Black - indicates that the wearer will have regular "missionary" sex
White - indicates the wearer will "FLASH" what they have
Glittery Yellow - indicates HUGGING and KISSING is acceptable
Glittery Pink - willing to "flash" (show) a body part
Glittery Purple - wearer is willing to French (open mouth) kiss
Glittery Blue - wearer is willing to perform anal sex
Glittery Green - indicates that the wearer is willing to "69" (mutual oral sex)
Glittery Clear - indicates that the wearer will let the snappee "feel up" or touch any body part they want

Enfim, cada nova tendência tem sempre o seu quê de especulativo mas uma coisa é certa, a adolescência é um terreno muito fértil para este tipo de "comunicação" e convém sempre estar atento (especialmente se formos pais).
citando http://tusabar.blogspot.com/

abraço
Pedro
2009.09.22

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Vem ser meu seguidor

A aventura disponibiliza a hipotese de te registares e receberes os feeds dos textos que aqui vão sendo publicados.
está no lado esquerdo do menu, depois da foto

2009.09.17
Pedro

Eu Sou o Que Leio

Há uns tempos ouvi uma palertra sobre aculturação, onde se dizia que até metais emblemáticos como o ouro e a prata quando deixados juntos, em contacto, acabam adquirindo algumas atomos do visinho do lado.
procurava-se demontrar que todos nós somos influenciaveis e susceptiveis de modulação, quer seja pelas pessoas com quem convivemos, quer seja pelas experiencias que atravessamos na vida, quer seja pelos livros que se lê.

estou a ler "quando tudo se desmorona", um relato impressionate das culturas africanas e a influencia das missões, pelos olhos de um nativo.

em mente tenho o novo do Dan Brown, embora sinta que começa a ser literatura enlatada e escrita a metro. vamos ver ...
Tambem vou comprar "confesso que vivi", do autor de "100 anos de solidão".

Como "Somos (tambem) o que lemos", espero que me enriqueça e me molde ...

Lê ? (tirando os jornais gratuitos e as publicidades da caixa de correio)
Incentiva os seus pequenotes a Ler ?

2009.09.17
Pedro

300 visitas ???

Passamos as 300 visitas!
Uma loucura com resultados imprevisiveis.
Receio especialmente que se espalhe como o virus da gripe-A e tal como nesse caso não exista vacina ainda disponivel...
Receio pelo futuro da humanidade como a conhecemos ...

Agora a serio:
Obrigado mãe, continua a carregar no F5

2009.09.17
Pedro

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Slumdog Millionaire

Eu sou daqueles tipos embirrantes que tem a mania de fazer às coisas há sua maneira e no seu timming.

Isto talvez aconteça por falta de capacidade para fazer surf na onda de notícias fabricadas e das modas e tendências, normalmente criadas por pessoas que não convidaríamos para jantar lá em casa.

Ou então é só mania … J

Independentemente da razão, vi esta semana - sim depois de toda a boa gente já ter visto, ter digerido, discutido e jogado fora do baú das recordações – o filme "Slumdog Millionaire".

Pareceu-me um filme sério, com alguns problemas no argumento – algumas das cenas da estação são ridículas em termos de composição.

No entanto, pareceu-me também um filme cru ao nível do Resgate do Soldado Ryan – Lembram-se?.

São raros os realizadores que pegam em temas ulcerados da nossa sociedade e os expõem, remexendo os tumores procuram expô-los, e talvez dando azo a que alguém lute posteriormente os remover.

No slumdog retrata-se não só a realidade da índia – pungente e profundamente degradante, longíssimo da dignidade humana -, mas também a realidade da china, do Bangladesh e de tantos outros países asiáticos, já para não falar da América do sul ou dos países africanos.

Este não é o discurso chauvinista do "nós é que somos bons!", afinal grande parte destes povos são o que são "graças" a administração europeia, que semeou desigualdades e injustiças, que escravizou e explorou, que matou a seu belo prazer durante décadas a fio.

Mas o que preocupa mais são as crianças. Fernando Pessoa disse que o "melhor do mundo são as crianças". E a verdade é quase todo o mundo em desenvolvimento usa e abusa do trabalho infantil e das inexistentes condições de trabalho. Os principais sacrificados são as crianças.

Por isso quando comprar uma coisa, tente saber de onde vem. Será que são produzidos por crianças no sueste asiático? Será que estou a poupar ou estarei a me auto aniquilar. É que talvez não seja má ideia comprar português, fomentando o emprego e o desenvolvimento económico do país, do que comprar produtos, mais baratos e muito raramente melhores que só servem para fomentar a exploração das crianças e dos países economicamente mais frágeis.

Pensem nisso!!!


 

2009.09.11

Pedro

 

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Ajudem o Dinis, Apoiem os Pais dele

Poucos dias atrás, em conversa com um vendedor imobiliário, soube de um casal que queria desfazer-se da quintinha para comprar um apartamento.

Motivo: a doença do seu filhote que os leva a viajar muitas vezes para Barcelona, a suportar custos tremendos e a necessitar de apoio complementar da família.

Vi entretanto a notícia publicada no jornal sol e também o site da família. É uma situação difícil, de dor, mas também de coragem, de sofrimento mas também de abnegação.

Por esse motivo, a Aventura junta-se aqueles que, com pequenos gestos, procuram ajudar.

Abaixo ficam os endereços, da notícia e do site da família.

http://dinis.webnode.com

http://sol.sapo.pt/Solidariedade/Noticias/Interior.aspx?content_id=146196


 

Um abraço e desejo de melhoras

Pedro

2009.09.01


 

terça-feira, 28 de julho de 2009

Especialista alerta: Crianças estão a ser mal educadas

A psicoterapeuta infantil Asha Phillips diz que a incapacidade dos pais modernos de contrariarem os filhos está a criar uma geração de tiranos. No seu livro "Um Bom Pai Diz Não" explica como impor-lhes limites. Desde o berço.

A Maria tem três anos e adora a palavra "não". Gosta de dizê-la - com dedinho indicador a abanar e cabeça a acompanhar o compasso - em relação à sesta da tarde, à arrumação dos brinquedos, à hora de ir dormir, à escuridão do quarto, aos sapatos que não são ténis, à roupa que não tem a "Hello Kitty", à comida que não é massa, ao brinquedo que não seja plasticina, ao canal de televisão que não seja o Panda, ao DVD que não tenha o Ruca, à rua onde não exista um parque. A resposta pronta e negativa só muda para sim, se a mãe disser não. Porque na boca da mamã a palavra perde a graça, limita-lhe as vontades ilimitadas, traça fronteiras entre o possível que ela não quer e o impossível que deseja, gere-lhe o comportamento infantil. "Impor barreiras dói, negar algo custa, mas é uma forma de amar. É uma prenda que se dá aos filhos e que lhes assegura uma entrada firme no mundo real", explicou ao Expresso a psicoterapeuta infantil Asha Phillips, autora de "Um Bom Pai Diz Não", um livro best-seller mundial lançado agora em Portugal.
Confessa a mãe da Maria que dizer não nem é uma tarefa hercúlea, o pior mesmo é mantê-lo. Porque a seguir às três letrinhas vem logo a tristeza chantageante da petiz, ou a insistência repetida à exaustão que leva ao limite a paciência de qualquer adulto, ou a vergonha que sobe vermelha ao rosto materno quando a birra se esparrama no chão do supermercado. "Os pais modernos têm muita dificuldade em dizer não aos filhos e essa permissividade tem consequências terríveis. Estão a criar pequenos tiranos, que não sabem reagir a adversidades porque nunca foram contrariados. Ou então criam crianças medricas, absolutamente dependentes, que não sabem fazer nada sozinhas."
Já a imaginar a Maria no seu pedestal de ditadora, ou com 40 anos e grudada que nem lapa à casa dos pais, a mãe vai procurar socorro e soluções no livro de Asha. O título é duplamente apelativo (ainda que faça torcer o nariz quanto à tirada lógica de que é mau pai aquele que diz sim). Não há pai que não deseje ser perfeito e ponho as duas mãozinhas no lume se algum tem certezas absolutas sobre os limites que deve impor aos filhos para atingir essa plenitude parental. Pode dormir de luz acesa? E na cama dos pais? Quantas horas de televisão? Pode escolher o que vai comer? E o que vai vestir? O que fazer perante uma birra? Quando se pode dizer sim? E quando se deve começar a dizer não? E quando é tarde de mais para começar a traçar limites?
A psicoterapeuta britânica conhece cada uma das dúvidas de cor, ri-se sempre quando se sente como o manual de instruções onde os pais querem encontrar soluções concretas. "Não há uma resposta única nem o meu livro é de receitas", diz com um sorriso aberto. Mas reconhece-se nestas dúvidas. Ela também é mãe, de duas raparigas agora já adultas, e foi a sua enorme dificuldade em contrariá-las que a levou a procurar literatura de ajuda. Como não encontrou, escreveu ela o livro - a primeira edição é de 1999 -, dividido por conselhos para bebés, crianças dos dois aos cinco anos, os anos da escola primária e os adolescentes.
"Os limites devem começar a ser colocados quando ainda andam ao colo. É geralmente nessa altura que dizemos pela primeira vez sim quando devíamos ter dito não". Para Asha, os erros cometidos pelos pais nesta fase prendem-se com a ansiedade de tudo quererem fazer e sempre bem. Ao mínimo ruído do bebé, a mãe entra no quarto. Mal abre os olhos pega-lhe. Mal ouve um choro dá-lhe de comer. A chucha cai e a mãe apanha. O bebé quer colo e a mãe dá. "Os pais querem o seu bebé sempre a sorrir, fazem-lhe todas as vontades, dizem que sim a tudo e ele consegue tudo sem esforço. Nem lhe dão a possibilidade de descobrir o que consegue fazer sozinho".
O medo dos pais de errar é grande, mas em vez de transmitirem segurança asfixiam o desenvolvimento da sua independência e criam crianças infelizes e inadaptadas. "Às vezes acertamos, outra não. É normal. Não existem pais ou mães perfeitos, não se espera que acertemos sempre. Aliás, o encaixe perfeito - uma mãe que poupa o filho a todo e qualquer tipo de irritação - não é benéfico. A recuperação de um desencontro promove o desenvolvimento, e é certo que serão sempre mais as vezes em que as necessidades do bebé são satisfeitas do que o inverso."
Dizer não a um bebé é não ir a correr para o quarto quando ele choraminga, é deixá-lo encontrar a chucha sozinho, é permitir que ele descubra uma fonte de conforto alternativa à mãe ou ao pai (o polegar, por exemplo). Dizer não é não deixar a luz do quarto acesa ou não mergulhar a casa num silêncio sepulcral, para que o bebé cresça no mundo real. "Nesta fase, o estabelecimento de limites surge não tanto como uma restrição mas mais como uma porta aberta à criatividade".
No segundo capítulo do manual, Asha Phillips fala das crianças dos dois aos cinco anos, que vivem tudo com paixão e emoções extremadas. "É o período mais desafiante. Acham que podem fazer tudo. Conseguem andar, falar e odeiam ser tratados como bebés", explica a psicoterapeuta. A mãe de Maria parece que está a ler uma descrição da filha "Eu já sou grande" (dita em bicos de pés). "Eu faço", "Eu consigo" são as frases mais repetidas pela menina de três anos. "Por um lado isso é maravilhoso e deve ser encorajado, mas os pais também têm de lhes lembrar que não podem fazer tudo, de uma forma que não esmague o seu empreendorismo, a sua paixão pela descoberta", explica Asha. Os principais limites devem ser impostos por estes anos. Com firmeza e consistência. De nada vale uma nega pouco convicta; a criança reverte-a em três tempos. E um sim excepcional nunca mais voltará a ser aceite como não.
Na vida normal de uma casa onde existe uma criança pequena, impulsiva, activa, exigente, curiosa, o não pode muito bem passar a ser a palavra mais usada - na casa da Maria é, garantidamente. Mas o adulto que a diz tem de acreditar que está a fazer o que está certo. "Se as respostas ao seu comportamento forem consistentes, a criança adquire uma boa ideia do que é permitido e do que é proibido, do que é seguro e perigoso."
Quando a criança rejeita relutantemente o não, Asha Phillips recomenda o recurso ao castigo ou mesmo uma "leve palmada ocasional" para deter uma escalada de conflito. "Não é o castigo em si que importa, mas aquilo que o seu comportamento transmite. Não é preciso uma marreta para partir uma noz". O excesso de autoridade tem, em geral, o efeito oposto ao desejado. O mesmo é verdade em relação a perder a calma, humilhar a criança e entrar numa batalha de vontades. "Mas se alguma vez um pai perder a cabeça e disser ou fizer algo de que se arrepende, não é o fim do mundo. Isso pode ajudar a criança a perceber que o pai ou a mãe também são humanos." A mãe, humana, de Maria suspira de alívio. Asha Phillips absolveu-a.
Mais importante do que dizer não, é mantê-lo
Alberto Frias
Asha Phillips explicou ao Expresso como a sociedade actual, de mães trabalhadoras, sem nenhum tempo e com muito sentimento de culpa, e o aumento das famílias monoparentais, estão a estimular a permissividade parental.
Porque é tão difícil dizer não?Ao negarmos algo, ao contrariarmos uma vontade, somos impopulares e geramos conflitos. E fugimos disso. É uma herança do pós-guerra. As pessoas passaram a achar que tudo o que era rígido era fascista. Nós, os pais que viveram o flower power, tornámo-nos tão contra tudo isso que começámos a fazer o oposto. O legado negativo dos anos 60 foi deseducar. Essa geração educou outra que cresceu desamparada, com demasiada liberdade.
A estrutura actual de família, com pai e mãe a trabalhar, ou mesmo monoparental, não facilita a tarefa.Há uma enorme culpa, por parte das mães que trabalham, e que sentem que não se dedicam a tempo inteiro aos filhos. O facto de terem de os deixar faz com que pensem não estar a cumprir bem o seu papel. E como a maioria das mulheres ainda tem a exclusividade das tarefas domésticas mal chega a casa...
E diz-se sim para compensar os filhos e para amainar a culpa...Não queremos discussões porque tivemos saudades deles o dia todo, queremos que nos achem amorosas. E por isso não dizemos "Chega de televisão" ou "Está na hora de ir para a cama".
Quando é que é demasiado tarde para se começar a ditar limites?Nunca. Só que quanto mais tarde mais difícil. O ideal é começar quando os filhos são bebés. Chegar à idade escolar sem regras, por exemplo, pode ser muito complicado. A forma como os miúdos reagem ao "não" tem um enorme impacto na sua capacidade de se adaptarem, fazerem amigos e aprenderem na escola. Tentar impor regras a um adolescente que nunca as teve é quase uma impossibilidade.
Há erros práticos que se devem evitar?O maior é os pais quererem ser perfeitos. Por exemplo, com os bebés: custa-lhes ouvi-los chorar e por isso correm até eles ao mínimo ruído. Mas várias investigações recentes deixam-me descansada como mãe: concluíram que é bom não acertar sempre, que o ajuste perfeito não é benéfico. O que é bom para o desenvolvimento é existirem acertos, erros e reparos. E isso é que é a vida real.
Todos os pais querem ser perfeitos.Mas isso é o que interessa aos pais. Não o que interessa ao filho.
Os filhos podem tomar decisões?Claro que deixá-los decidir, de vez em quando, dá-lhes independência, iniciativa, criatividade. É maravilhoso ver o seu entusiasmo e energia. Mas não é benéfico dar-lhes demasiada escolha, porque depois torna-se uma responsabilidade deles e isso é de mais quando se é criança.
Podem, por exemplo, opinar sobre o que vão comer?Ui. Não sei como é em Portugal, mas em Inglaterra a hora da refeição tornou-se terrível. Imagine-se que se tem três crianças, e uma quer comer massa, outra carne e a outra é vegetariana, e a mãe cozinha três refeições diferentes. Isso é de loucos. Deve-se dizer: "Esta é a refeição hoje, eu sou tua mãe e sei o que é bom para ti e por isso é isto que vamos comer." Se não quer, paciência. Porque se a nossa criança quer massa todos os dias e nós satisfazemos esse capricho, então quando vamos comer a casa de amigos ou na escola eles não vão querer comer porque não é massa. E aí a mãe tem um grande problema. É tudo uma questão de flexibilidade e de os pais fazerem o seu filho sentir que ele se consegue adaptar às coisas do mundo e que não é sempre o mundo que se adapta a ele.
E dormir na cama dos pais, é proibido?Não há um não ou um sim claro. Se a criança dorme bem, se os pais dormem bem não há problema. Mas se isso é feito mais pelos pais do que pelas crianças, se é o pai que precisa de conforto, então está errado.
E o que fazer durante as birras no supermercado, com as crianças que esperneiam no chão?Mais uma vez, não há uma regra mágica. Se acha que já está há demasiado tempo no shopping e que a criança está cansada, então a culpa é dos pais e é altura de ir para casa. Se, por outro lado, passam o tempo todo "eu quero, eu quero", é muito importante não ceder. E se a criança se atira para o chão, que isso não afecte os pais porque é quando nos preocupamos com o que os outros comentam que se tomam decisões erradas. Podemos deixá-la espernear por 5 ou 10 minutos, esperar que acabe e continuar o que se estava a fazer. Regras dão-lhes estrutura, um objectivo e, depois, o sentimento de vitória quando o alcançarem.
Mas como podem os pais saber quando devem dizer sim ou dizer não?É muito difícil. O livro não encerra nenhuma fórmula secreta, porque ela simplesmente não existe. É importante não dizer sempre não, porque seria ridículo, temos que escolher os nossos 'nãos' com muito cuidado, os verdadeiramente importantes. E quando os escolhemos temos que os segurar, não ceder. O que realmente não é bom para as crianças é dizer não, não, não e depois dizer sim. Porque assim nunca saberão quais são os limites. E uma criança usará os nossos argumentos, a nossa linguagem, e vai lembrar-se sempre daquela vez em que dissemos sim - "Se naquele dia deixaste porque não deixas hoje?" São muito lógicos e encostam-nos a um canto com os seus argumentos.
Há alguma altura do dia mais propícia para a transmissão dessas regras?Se está a tentar impor limites comece nas alturas fáceis do dia - nunca de manhã quando se corre para a escola e para o emprego.
Asha Phillips, psicoterapeuta infantil, 55 anos, escreveu a primeira versão do livro em 1999. Um caso perdido na arte de dizer não às duas filhas, procurou livros que a ajudassem. Como não encontrou, escreveu ela a obra, com base nos casos que tratou na Tavistock Clinic. "Acredite se quiser: ainda hoje o consulto". Viveu os anos 60 em paris - encontra aí a fonte da sua permissividade - e parte da vida na índia.
Actualmente, exerce a nível particular, atendendo crianças, famílias e casais, em Londres. Na semana passada esteve em Lisboa para apresentar a versão portuguesa de "Saying No". A tradução "Um Bom Pai Diz Não" (Editora Lua de Papel) não a satisfaz plenamente - "encerra um certo juízo de valor" -, mas adora o acrescento no canto inferior direito da capa: "impor limites é uma forma de amar".
Texto publicado na edição do Expresso de 25 de Julho de 2009
retirado do expresso on-line
http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/528155

sexta-feira, 24 de julho de 2009

A economia è uma ciência verdadeiramente oculta

Numa pequena vila e estância na costa sul da França chove e nada de especial acontece.

A crise sente-se.

Toda a gente deve a toda a gente, carregada de dividas.

Subitamente, um rico turista russo, chega ao pequeno hotel local. Pede um quarto e coloca uma nota de €100 sobre o balcão, pede uma chave de quarto e sobe ao 3º andar para inspeccionar o quarto que lhe indicaram, na condição de desistir se lhe não agradar.

O dono do hotel pega na nota de €100 e corre ao fornecedor de carne a quem deve €100, o talhante pega no dinheiro e corre ao fornecedor de leitões a pagar €100 que devia há algum tempo, este por sua vez corre ao criador de gado que lhe vendera a carne e este por sua vez corre a entregar os €100 a uma prostituta que lhe cedera serviços a crédito. Esta recebe os €100 e corre ao hotel a quem devia €100 pela utilização casual de quartos à hora para atender clientes.

Neste momento o russo rico desce à recepção e informa o dono do hotel que o quarto proposto não lhe agrada, pretende desistir e pede a devolução dos €100. Recebe o dinheiro e sai.

Não houve neste movimento de dinheiro qualquer lucro ou valor acrescido.

Contudo, todos liquidaram as suas dívidas e este elementos da pequena vila costeira encaram agora optimisticamente o futuro.

Dá que pensar …


 

A seguir vou tirar uma licenciatura em informática para ver se percebo isto …..


 

2009.07.23

Pedro

Susan Boyle - Never judge a book by is cover


Hoje em dia todos falam de Susan Boyle. Duma humilde e encalhada quarentona, insegura e sem qualquer reconhecimento social, Susan passou a ser um fenómeno de popularidade e interesse.
Mas mais do que contar uma história já contada vezes sem conta, apenas pretendo reflectir sobre uma coisa.

Até que ponto a sociedade é justa connosco?
Quantas vezes a Susan foi marginalizada, gozada, segregada.
Quantas vezes sofreu de mobbing social, ou foi jogada na sarjeta, como esta sociedade tão bem faz com tantos e tantos de nós?

O exemplo dela ensina-nos várias coisas:
1 - Ensinemos às nossas crianças a importancia de serem verdadeiramente tolerantes para com todos, a ponto de sentirem gosto em ajudar os que mais necessitam.
2 - É mais importante aquilo que somos, do que aquilo que os outros querem que nós sejamos ou até aquilo que eventualmente pensem sobre nós.

Mas é muito dificil que crianças, inseguras e ainda em formação resistam a pressões e dificuldades da parte de colegas e professores, dos média, e da sociedade em geral que os pressiona a serem "Pequenos Sauis", que são usados e depois deitados fora, como resíduos de uma sociedade de consumo de apetite voraz e com zero escrúpulos.

Vejam o video, e ouçam a musica mas olhem também para a forma como a susan é recebida, e a forma como as mesmas pessoas a acarinham no fim.

Tudo porque ela canta espectacularmente.

Mas seria ela uma pessoa diferente?

pois é ... Never judge a book by it's cover

o respeito pelos outros é a base de tudo e especialmente da vida em sociedade.

2009.07.23
Pedro

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Flowers are the girls best friends, or not ...



Pedro
2009.07.02

Problemas

Você não pode evitar que os problemas batam à sua porta, mas não há necessidade de oferecer-lhes uma cadeira" (Joseph Joubert)

Mais de 200 visualizações - Agora vamos para o o Twitter

Mais ou menos oito meses após ter ido para o ar, o Aventura atingiu as 200 visualizações.

Estou contente, especialmente porque até agora ninguém pediu indemnização após ter visto o blog …

Talvez não se tenham lembrado disso L, porque parece que haveria boas razões para o fazer J.

a partir de hoje o aventura está no twitter

sigam-me em PedroEngracia -- Acho que não tem interesse nenhum mas vá lá, e uma questão de arriscarem

Bjks

2009.07.01

Pedro

O que nos rouba dos nossos queridos …

Desde sempre, o homem possui o instinto de agradar aos seus superiores.

Porque isso pode dar reconhecimento de mérito, logo algum poder, dinheiro ou status acrescido. Por sua vez isso ajudará a construir um ego mais forte, uma carteira mais recheada e eventualmente o acesso (genericamente comprando) a um conjunto de coisas que de outra forma não teríamos, recompensando-nos assim pelos "sucessos" alcançados.

Em muitos locais de trabalho, vivesse uma verdadeira politica de selvajaria, de domínio déspota ou pior míope do superior sobre o funcionário. Neste sentido, enviaram-me o outro dia um artigo da Isabel Stilwell (que traduzido será qualquer coisa como "AINDA BEM" – não resisti) no destak, onde reflectia um pouco sobre este tipo de questão.

Deixo-vos o recorte de jornal. Espero que após o ler possam dizer: ainda bem, ou melhor

Bravo StilWell

2009-07.01

Pedro

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Por que queremos ter um filho?

Sim, o que leva uma mulher e um homem a quererem ter um filho?

Dirão os mais críticos que hoje em dia muitas mulheres tomam esta decisão sozinhas, sem necessitarem da aprovação, ou até da participação (que desgraça, se isto pega ….) de um homem.

Sim, é verdade!

Mas o que pretendia não era discutir a emancipação feminina, ou segundo a minha opinião, a oficialização da emancipação feminina, por que na realidade as mulheres sempre fizeram o que bem entendiam, o que muitas vezes correspondia a agir totalmente à revelia do "HOMEM", a autoridade oficial. E não eram só milagres das rosas …

Mas dizia eu:

O que leva um Humano a querer ter um filho?

Se fizéssemos uma pesquisa na internet, no Google, no Bing ou noutro qualquer outro motor de busca sobre este tema, com certeza que iríamos encontrar centenas de hits, sendo que a maior parte deles se devem à inépcia do motor de busca e não é qualidade e relevância do conteúdo encontrado.

Mas, e pondo de parte estas picuinhices da informática, "a ciência que veio para resolver problemas que não tínhamos antes do seu aparecimento", talvez pensássemos em autores famosos como Charles Darwin.

Em três frases, Charles Darwin advogava que os seres vivos só conseguem vencer a luta da sobrevivência e da evolução selectiva por se adaptarem constantemente, dando melhores condições à sua prole para sobreviverem.

Seria como se cada ser vivo estivesse num ciclo constante de reencarnações, sem Karma à vista, procurando em cada uma delas melhorar, fugindo a sete pés de uma extinção previamente anunciada.

Segundo esta teoria, que se procura afincadamente provar através dos achados arqueológicos e de teorizações criativas dignas de um Pulitzer, cada ser tentaria, no limite das suas forças, procriar, transmitindo genes o mais apurados possível, e produzindo o maior número de réplicas possível (quanto mais filhos melhor!!).

Bem e os que matam os filhos?

E os que abortam?

E os que violam os filhos?

E os que trazem subalimentados e doentes, claramente carentes de cuidados?

Embora não esteja em posição de refutar a Evolução, e na verdade nem o pretenda neste fórum, não me satisfaz a justificação ….

Por outro lado, quase todos nós nos países europeus, e sobremaneira nos que beiram o mediterrâneo, fomos ensinados na tradição judaico-cristã do "multiplicai-vos e enchei a terra". Quantos mais forem, mas servos do Senhor existiriam e mais o Seu nome seria glorificado.

Não fora o celibato obrigatório dos membros de boa parte das ordens religiosas, e dos mais proeminentes representantes do ramo Católico Apostólico Romano, entre outros, e eu quase que acreditava que esse era o fundamento para alguém querer ter um filho. Afinal, é popular a política anti-anticoncepcionais que especialmente a Igreja Católica segue. Nesta perspectiva faz sentido, se o objectivo é gerar servos para servir o Senhor, então uma maldita pílula, mesmo que do dia seguinte, um demoníaco preservativo, ou uma qualquer cirurgia que interrompa os fluxos migratórios das células reprodutoras no corpo de um humano são um sacrilégio e portanto algo a ser combatido com todas as energias.

Mas quando olho para poços cheios de cadáveres de crianças encontrados em mosteiros ao cuidado destas ordens religiosas durante a idade média, nos criminosos abusos sexuais cometidos por sacerdotes celibatários sobre coroinhas desprotegidos e que normalmente chegam à imprensa décadas depois com titulo como "Igreja paga milhões de indemnização por abusos contra crianças de 8 anos", o que posso pensar?

Que também não será esse o motivo. Afinal quem pode ignorar esta realidade e justificar os seus actos de forma tão irresponsável e dependente?

Passados estes dois argumentos, o que sobra?

A vontade de ser pai/mãe porque me falta alguma coisa….

Chega a altura em que uma mulher não fica completa se não for mãe – dizem alguns

Ou então a vontade de perpetuar um legado.

"Todo o meu trabalho, tudo o que eu construí será continuado pelo meu filho" – alguns já nem se referem aos filhos como tal, apenas como "o meu herdeiro", como se tudo dependesse de uma porção de refugo, como são as coisas que o dinheiro pode genuinamente comprar.

Mas de todas a que eu gosto mais é a que está sintetizada na expressão:

"Cuida bem do teu filho porque será ele a escolher o lar de terceira idade para onde vais" J

Ou seja procriar não com o objectivo de preservar a espécie, não com o objectivo de contribuir para um desígnio maior, antes com o singelo objectivo de quando for velhinho poder ter quem tome conta de mim, ou pelo menos que me visite de quando em vez, nem que seja só no natal.

Como definiríamos estas ultimas razões apresentadas?

Egoísmo é uma palavra que vos parece bem?

Porque digo que a maior parte das pessoas que fazem filhos, o fazer por egoísmo – sim eu sei que querer ter e fazer não são sempre expressões sinónimas, ate porque muitos dos que os fazem na verdade não os querem ter …

1 Momento de loucura com contas mal feitas – 1 filho

1 "Manguito roto" – 1 filho

1 Casamento tremido – 1 filho

1 Coração vazio – 1 filho

Por isso a tão proverbial frase que nos anos 80 circulava no vidro traseiro de muitos carros – tenha cuidado, 80% das pessoas foram feitas por acidente – profundo mas real.

Avaliado isto, e com tão boas razões para ter um filho, talvez nos perguntemos porque é que a população europeia composta de Cidadãos A - trabalhadores, integrados, socialmente activos e contribuintes líquidos para os orçamentos dos diferentes países do velho continente - está a reduzir-se de forma tão significativa?

Na realidade, parece que os europeus, sabe Deus se por se estarem a tornar ateus, se por acharem que já atingiram a perfeição, se por se terem tornado egoístas a um tal extremo que pretendem auto-satisfação mas só se esta não der muito trabalho, ou por se simplesmente estão demasiado exposto ao stress, à poluição, aos imensos estímulos recreativos que actualmente existem (não é só a TV) e às relações "tipo-coelho" onde muitas vezes o que fica a faltar é saber o nome da(o) parceira(o) fortuita(o) que acabou de sair porta fora e que temos a certeza que não voltará, deixaram de fazer filhos, pelo menos ao ritmo (ritmo aqui é uma palavra infeliz, mas… ) que o faziam antigamente.

Os governos europeus começam a tentar aliciar os casais a ter mais filhos. As benesses que estão a ser atribuídas são tão pouco significativas que os Cidadãos A não se sentem motivados a procriar simplesmente porque isso dará mais 1 mês em casa para um dos pais, ou eventualmente mais uns trocos. Por outro lado, os cidadãos B aproveitam essas benesses e procriam de forma extensiva, aliás alguns deviam estar colectados nas finanças como procriadores, uma vez que o único rendimento fixo que detêm provem dos para cima de meia dúzia de filhos que alegremente conceberam e trouxeram a este mundo à custa do erário público. Isto dá que pensar, uma vez que se por um lado não queremos segregar este ou aquele pela sua condição social, situação económica ou outra, por outro lado não devia ter o estado uma politica que motivasse os Cidadãos A a ter condições para criar os seus petizes, e de faze-lo numa média de 2,1 como dizem os estudos sobre a evolução demográfica?

Nem que fosse em nome da dar uma ajuda à selecção natural de Darwin, permitindo que estejamos neste momento a construir a desagregação da sociedade europeia como a conhecemos e a voltar a um certo tipo de barbárie?

Pois é ….

No meu caso, o meu filhote foi um exercício de egoísmo partilhado com a minha esposa. Acho que não estávamos vazios, ou em crise. Acho mesmo que foi um momento de loucura, mas sem contas, porque quando se faz certas coisas é impossível fazer contasJ.

2009.06.12

Pedro


terça-feira, 9 de junho de 2009

A Equipa que preferiu morrer

Quando um ideal está acima de cada um de nós:

A história do futebol mundial inclui milhares de episódios emocionantes e comovedores, mas seguramente nenhum seja tão terrível como o protagonizado pelos jogadores do Dinamo de Kiev nos anos 40. Os jogadores jogaram uma partida sabendo que se ganhassem seriam assassinados e, no entanto, decidiram ganhar. Na morte deram uma lição de coragem, de vida e honra, que não encontra, por seu dramatismo, outro caso similar no mundo.

Para compreender sua decisão, é necessário conhecer como chegaram a jogar aquela decisiva partida, e por que um simples encontro de futebol apresentou para eles o momento crucial de suas vidas.

Tudo começou em 19 de Setembro de 1941, quando a cidade de Kiev (capital ucraniana) foi ocupada pelo exército nazista, e os homens de Hitler aplicaram um regime de castigo impiedoso e arrasaram com tudo. A cidade converteu-se num inferno controlado pelos nazis, e durante os meses seguintes chegaram centenas de prisioneiros de guerra, que não tinham permissão para trabalhar nem viver nas casas, assim todos vagavam pelas ruas na mais absoluta indigência. Entre aqueles soldados doentes e desnutridos, estava Nikolai Trusevich, que tinha sido guarda-redes do Dínamo de Moscovo.

Josef Kordik, um padeiro alemão a quem os nazis não perseguiam, precisamente por sua origem, era torcedor fanático do Dínamo de Moscovo. Num dia caminhava pela rua quando, surpreso, olhou um mendigo e de imediato se deu conta de que era seu ídolo: o gigante Trusevich.

Ainda que fosse ilegal, mediante artimanhas, o comerciante alemão enganou aos nazis e contratou o guarda-redes para que trabalhasse em sua padaria. Sua ânsia por ajudá-lo foi valorizado pelo guarda-redes, que agradecia a possibilidade de se alimentar e dormir debaixo de um teto. Ao mesmo tempo, Kordik emocionava-se por ter feito amizade com a estrela de sua equipe.

Na convivência, as conversas sempre giravam em torno do futebol e do Dínamo de Moscovo, até que o padeiro teve uma ideia genial: encomendou a Trusevich que em lugar de trabalhar como ele, amassando pães, se dedicasse a buscar o resto de seus colegas. Não só continuaria lhe pagando, senão que juntos podiam salvar os outros jogadores.

O guarda-redes percorreu o que restara da cidade devastada dia e noite, e entre feridos e mendigos foi descobrindo, um a um, a seus amigos do Dínamo de Moscovo. Kordik deu trabalho a todos, se esforçando para que ninguém descobrisse a manobra. Trusevich encontrou também alguns rivais do campeonato russo, três jogadores da Lokomotiv de Moscovo, e também os resgatou. Em poucas semanas, a padaria escondia entre seus empregados uma
equipe completa.

Reunidos pelo padeiro, os jogadores não demoraram em dar o seguinte passo, e decidiram, alentados pelo seu protector, voltar a jogar. Era, além de escapar dos nazis, a única que bem sabiam fazer. Muitos tinham perdido suas famílias nas mãos do exército de Hitler, e o futebol era a última sombra mantida de suas vidas anteriores.

Como o Dínamo de Moscovo estava enclausurado e proibido, deram um novo nome para aquela equipe. Assim nasceu o FC Start, que através de contactos alemães começou a desafiar a equipes de soldados inimigos e seleções formadas no III Reich.

Em sete de junho de 1942, jogaram sua primeira partida. Apesar de estarem famintos e cansados por terem trabalhado toda a noite, venceram por 7 a 2. Seu seguinte rival foi a equipe de uma guarnição húngara, ganharam de 6 a 2. Depois meteram 11 gols numa equipa romena. A coisa ficou séria quando em 17 de Julho, enfrentaram uma equipe do exército alemão e golearam por 6 a 2. Muitos nazis começaram a ficar chateados pela crescente fama do grupo de empregados da padaria e buscaram uma equipe melhor para ganhar deles. Trouxeram da Hungria o MSG com a missão de derrotá-los, mas o FC Start goleou mais uma vez por 5 a 1, e mais tar de, ganhou de 3 a 2 na revanche.

Em seis de Agosto, convencidos de sua superioridade, os alemães prepararam uma equipe com membros da Luftwaffe, o Flakelf, que era uma grande equipa, utilizado como instrumento de propaganda de Hitler. Os nazis tinham resolvido buscar o melhor rival possível para acabar com o FC Start, que já gozava de enorme popularidade entre o sofrido povo refém dos nazis. A surpresa foi grande, porque apesar da violência e falta de desportivismo dos alemães, o Start venceu por 5 a 1.

Depois dessa escandalosa queda da equipa de Hitler, os alemães descobriram a manobra do padeiro. Assim, de Berlim chegou uma ordem de acabar com todos eles, inclusive com o padeiro, mas os hierarcas nazis locais não se contentaram com isso. Não queriam que a última imagem dos russos fosse uma vitória, porque acreditavam que se fossem simplesmente assassinados não fariam nada mais que perpetuar a derrota alemã.
A superioridade da raça ariana, em particular no desporto, era uma obsessão para Hitler e os altos comandos. Por essa razão, antes de fuzilá-los, queriam derrotar a equipa num jogo.

Com um clima tremendo de pressão e ameaças por todas as partes, anunciou-se a vingança para 9 de Agosto, no repleto estádio Zenit. Antes do jogo, um oficial da SS entrou no vestiário e disse em russo:

- "Vou ser o juiz do jogo, respeitem as regras e saúdem com o braço levantado", exigindo que eles fizessem a saudação nazista.

Já no campo, os jogadores do Start (camisa vermelha e calção branco) levantaram o braço, mas no momento da saudação, levaram a mão ao peito e no lugar de dizer: - "Heil Hitler!", gritaram - "Fizculthura!", uma expressão soviética que proclamava a cultura física.

Os alemães (camisa branca e calção negro) marcaram o primeiro golo, mas o Start chegou ao intervalo do segundo tempo ganhando por 2 a 1.

Receberam novas visitas ao vestiário, desta vez com armas e advertências claras e concretas:

"Se vocês ganharem, não sai ninguém vivo". Ameaçou um outro oficial da SS. Os jogadores ficaram com muito medo e até propuseram-se a não voltar para o segundo tempo. Mas pensaram em suas famílias, nos crimes que foram cometidos, na gente sofrida que nas arquibancadas gritava desesperadamente por eles e decidiram, sim, jogar.

Deram um verdadeiro baile nos nazis. E no final da partida, quando ganhavam por 5 a 3, o atacante Klimenko ficou cara a cara com o guarda-redes alemão. Deu lhe um drible deixando o coitado estatelado no chão e ao ficar em frente a trave, quando todos esperavam o gol, deu meia volta e chutou a bola para o centro do campo. Foi um gesto de desprezo, de deboche, de superioridade total. O estádio veio abaixo.

Como toda Kiev poderia a vir falar da façanha, os nazis deixaram que saíssem do campo como se nada tivesse ocorrido. Inclusive o Start jogou dias depois e goleou o
Rukh por 8 a 0. Mas o final já estava traçado: depois dessa última partida, a Gestapo visitou a padaria.

O primeiro a morrer torturado em frente a todos os outros foi Kordik, o padeiro. Os demais presos foram enviados para os campos de concentração de Siretz. Ali mataram brutalmente a Kuzmenko, Klimenko e o guarda-redes Trusevich, que morreu vestido com a camiseta do FC Start. Goncharenko e Sviridovsky, que não estavam na padaria naquele dia, foram os únicos que sobreviveram, escondidos, até a libertação de Kiev em Novembro de 1943. O resto da equipe foi torturada até a morte.

Ainda hoje, os possuidores de entradas daquela partida têm direito a um assento gratuito no estádio do Dínamo de Kiev. Nas escadarias do clube, custodiado em forma permanente, conserva-se actualmente um monumento que saúda e recorda àqueles heróis do FC Start, os indomáveis prisioneiros de guerra do Exército Vermelho aos quais ninguém pôde derrotar durante uma dezena de históricas partidas, entre 1941 e 1942.

Foram todos mortos entre torturas e fuzilamentos, mas há uma lembrança, uma fotografia que, para os torcedores do Dínamo, vale mais que todas as jóias em conjunto do Kremlin. Ali figuram os nomes dos jogadores. Abaixo a única foto que se conserva da heróica equipa do Dínamo de Moscovo e o nome de seus jogadores.


Pedro

2009.06.09

domingo, 31 de maio de 2009

Uma imagem ....


O tempo passou depressa

O tempo passou depressa

Tão depressa que nem pediu licença

Por vezes paro e penso

Nas horas que passamos ao telefone

Lembras-te do que dizíamos

Que razão levaria duas pessoas falarem horas a fio

De noite e de dia

Num suave murmurar

De sorrisos abafados e de suspiros de cumplicidade

E as notas que escrevíamos?

Fui Escriba e Buzz,

Fui Amor e simplesmente Pedro

Lembras-te?

Depois veio o tal dia

Há 13 anos

Parece ontem …

Estavas linda!

Lembras-te?

Das fotos até cair para o lado?

Da felicidade de estarmos juntos

De estarmos juntos para sempre.

Passaram 13 anos ….

Parece que foi ontem …


E sabes?

Eu voltaria a dizer alto e bom som SIM!

Este post é apenas para te dizer:

PARABENS

Afinal que maior elogio se pode dar a alguém do que conseguir-me aturar durante este tempo todo? J


O Escriba

Ou melhor, Buzz

Ou melhor, Amor

Ou melhor Pedro

2009.06.01(2009.05.31)



terça-feira, 12 de maio de 2009

A Executiva, a lição

Se alguém se der ao trabalho de ler o meu post sobre "A executiva", que não é mais que um plágio grosseiro de uma revista de gestão conhecidíssima como é a revista Exame.

Aliás, confesso que nem sequer tive a decência de a ler, apenas executei uma tarefa banal e para a qual nem é necessário ter QI como é um erudito Copy Paste a partir de um mail que alguém muito mais capaZ e sabedor teve a bondade de me enviar.

Porque digo isto?

Porque me irrita sobremaneira que na sociedade actual sejamos doutrinados para ter de ser os melhores.

O que é que vos soa melhor?

O meu filho teve boas notas

Ou

O meu filho faz parte do quadro de honra na escola dele

Percebem?

Irritantemente encorajamos a competição e não a excelência

"Em terra de cegos, quem tem um olho é Rei" parece ser o estúpido lema.

Que tal propormos aos nossos miúdos que a sua actuação seja norteada por princípios de verdadeira excelência da solidariedade e da entreajuda, da preocupação de sermos melhores mas não forçosamente os melhores.

Que tal explicarmos que a felicidade se escreve com tempo, com atenção, com palavra, com honra, com dignidade, com apoio e nunca, mas nunca mesmo poderá ser escrita no papel do orgulho, da hipocrisia, ou da indiferença para com o nosso semelhante.

Não coloquemos os nossos miúdos sob uma pressão tal que os impede de viver a sua meninice, de rir, de brincar, de sonhar, e de simplesmente não fazerem nada de quando em vez, porque a vida é muito boa quando vivida assim.


Pedro

2009.05.12

A Executiva

Foi tudo muito rápido. A executiva bem-sucedida sentiu uma pontada no
peito, vacilou, cambaleou. Deu um gemido e apagou-se. Quando voltou a
abrir os olhos, viu-se diante de um imenso Portal.

Ainda meio zonza, atravessou-o e viu uma miríade de pessoas. Todas
vestindo cândidos camisolões e caminhando despreocupadas. Sem
entender bem o que estava acontecendo, a executiva bem-sucedida
abordou um dos passantes:
- Enfermeiro, eu preciso voltar com urgência para o meu escritório,
porque tenho um meeting importantíssimo. Aliás, acho que fui trazida
para cá por engano, porque meu convénio médico é classe A, e isto aqui
está me parecendo mais um pronto-socorro. Onde é que nós estamos?
- No céu.
- No céu?...
- É.
- Tipo assim... o céu, CÉU...! Aquele com querubins voando e coisas do género?
- Certamente. Aqui todos vivemos em estado de gozo permanente.
Apesar das óbvias evidências (nenhuma poluição, todo mundo sorrindo,
ninguém usando telemóvel), a executiva bem-sucedida custou um pouco a
admitir que havia mesmo "apitado na curva".
Tentou então o plano B: convencer o interlocutor, por meio das
infalíveis técnicas avançadas de negociação, de que aquela situação
era inaceitável. Porque, ponderou, dali a uma semana ela iria receber
o bónus anual, além de estar fortemente cotada para assumir a posição
de presidente do conselho de administração da empresa.
E foi aí que o interlocutor sugeriu: - Talvez seja melhor você
conversar com Pedro, o encarregado.
- É? E como é que eu marco uma audiência? Ele tem secretária?
- Não, não. Basta estalar os dedos e ele aparece.
- Assim? (...)
- Pois não?
A executiva bem-sucedida quase desaba da nuvem. À sua frente,
imponente, segurando uma chave que mais parecia um martelo, estava o
próprio Pedro.
Mas a executiva tinha feito um curso intensivo de approach para
situações inesperadas e reagiu rápido:
- Bom dia. Muito prazer. Belas sandálias. Eu sou uma executiva bem-sucedida e...
- Executiva... Que palavra estranha. De que século você veio?
- Do 21. O distinto vai me dizer que não conhece o termo 'executiva'?
- Já ouvi falar. Mas não é do meu tempo.
Foi então que a executiva bem-sucedida teve um insight. A máxima
autoridade ali no paraíso aparentava ser um zero à esquerda em
modernas técnicas de gestão empresarial. Logo, com seu brilhante
currículo tecnocrático, a executiva poderia rapidamente assumir uma
posição hierárquica, por assim dizer, celestial ali na organização.
- Sabe, meu caro Pedro , se você me permite, eu gostaria de lhe fazer
uma proposta. Basta olhar para esse povo todo, só na conversa e
andando à toa, para perceber que aqui no Paraíso há enormes
oportunidades para fazer um upgrade na produtividade sistémica.
- É mesmo?
- Pode acreditar, porque tenho PHD em reengenharia de processos. Por
exemplo, não vejo ninguém usando crachá. Como é que a gente sabe quem
é quem aqui, e quem faz o quê?
- Ah, não sabemos.
- Entendeu o meu ponto de vista? Sem controle, há dispersão. E
dispersão gera desmotivação. Com o tempo isto aqui vai acabar numa
anarquia. Mas nós dois podemos resolver tudo isso implementando um
simples programa de targets individuais e avaliação de performance.
- Que interessante...
- É claro que, antes de tudo, precisaríamos de uma hierarquização e um
organograma funcional, nada que dinâmicas de grupo e avaliações de
perfis psicológicos não consigam resolver.
- !!!...???...!!!...???...!!!
- Aí, contrataríamos uma consultora especializada para nos ajudar a
definir as estratégias operacionais e estabeleceríamos algumas metas
factíveis de leverage, maximizando, dessa forma, o retorno do
investimento do Grande Accionista... Ele existe, certo?
- Sobre todas as coisas.
- Óptimo. O passo seguinte seria partir para um downsizing
progressivo, encontrar sinergias high-tech, redigir manuais de
procedimento, definir o marketing mix e investir no desenvolvimento de
produtos alternativos de alto valor agregado. O mercado telestérico,
por exemplo, parece-me extremamente atractivo.
- Incrível!
- É óbvio que, para conseguir tudo isso, nós dois teremos que nomear
um board de altíssimo nível. Com um pacote de remuneração atraente, é
claro. Coisa assim de salário anual de seis dígitos e todos os fringe
benefits e mordomias de praxe. Porque, agora falando de colega para
colega, tenho certeza de que você vai concordar comigo, Pedro. O
desafio que temos pela frente vai resultar num Turnaround radical.
- Impressionante!
- Isso significa que podemos partir para a implementação?
- Não. Significa que você terá um futuro brilhante.... se for
trabalhar com o nosso concorrente. Porque você acaba de descrever,
exactamente, como funciona o Inferno...

Max Gehringer in (Revista Exame)

sábado, 4 de abril de 2009

Have I told You Lately

Há um tempo atrás, uma monitora de um curso de Gestão de Equipas (Olá Élia !) disse que a comunicação é algo imperfeito.

Raramente conseguimos transmitir de uma forma clara e completa o que queremos, o que sentimos, para onde vamos, quais os nossos sonhos.

No fundo somos, por natureza, autistas, seres com dificuldade de nos exprimir.

Por isso recorremos a estratagemas que nos ajudam a complementar essas tentativas de nos exprimirmos.

Uma das formas mais tocantes de o fazermos é através da musica.

Ainda hoje, quando oiço a Cinderela do saudoso Carlos Paião, recordo momentos únicos da minha vida.

No entanto, ouvi hoje uma musica que me motivou a escrever este post.

Do velhinho, perdão, do sábio Rod Stewart (porque velhos são os trapos ou talvez aqueles que não temos a decência de respeitar), "Have I told you lately"

Deixo-vos a letra

Have I told you lately that I love you
Have I told you there's no one above you
Fill my heart with gladness
Take away my sadness
Ease my troubles, that's what you do

Eu te disse ultimamente que te amo?
Te disse que não tem mais ninguem acima de você?
Você preenche meu coração com satisfação, leva embora toda minha tristeza
Melhora meus problemas, é o que você faz

Oh the morning sun in all its glory
Greets the day with hope and comfort too
And you fill my life with laughter
You can make it better
Ease my troubles that's what you do

Pelo sol da manhã e toda sua glória
Sauda o dia com esperança e conforto, também
Você enche minha vida com sorriso,

de alguma maneira, você deixa tudo melhor
Melhora meus problemas, é o que você faz

There's a love that's divine
And it's yours and it's mine
Like the sun at the end of the day
We should give thanks and pray to the One

Tem um amor que é divino,

e é seu e é meu
Como o sol é no fim do dia,

nós temos que agradecer e rezar para o único

Have I told you lately that I love you
Have I told you there's no one above you
Fill my heart with gladness
Take away my sadness
Ease my troubles, that's what you do

Eu te disse ultimamente que te amo?
Te disse que não tem mais ninguem acima de você?
Você preenche meu coração com satisfação, leva embora toda minha tristeza
Melhora meus problemas, é o que você faz

There's a love that's divine
And it's yours and it's mine
And it shines like the sun
At the end of the day we will give thanks
And pray to the One

Tem um amor que é divino,

e é seu e é meu
Brilha como o sol
E no fim do dia, nós temos que agradecer

e rezar para o único

Have I told you lately that I love you
Have I told you there's no one above you
Fill my heart with gladness
Take away my sadness
Ease my troubles, that's what you do

Eu te disse ultimamente que te amo?
Te disse que não tem mais ninguem acima de você?
Você preenche meu coração com satisfação, leva embora toda minha tristeza
Melhora meus problemas, é o que você faz

Take away my sadness
Fill my life with gladness
Ease my troubles that's what you do
Fill my life with gladness
Take away my sadness
Ease my troubles that's what you do.

Leva embora minha tristeza,

preenche meu coração com satisfação
Melhora meus problemas, é o que você faz
preenche meu coração com satisfação
Leva embora minha tristeza,

Melhora meus problemas, é o que você faz


 

Pedro

2009.04.04

Porque será que perdemos os momentos perfeitos da nossa vida?

Há coisas na vida que não consigo explicar!!!

Já vos aconteceu: o momento perfeito ser estragado por um qualquer incidente, erro de julgamento ou insegurança…

Tipo prepararem um banho perfumado com pétalas de rosa e depois a vossa amada simplesmente achar que não lhe apetece o programa….

A mim isso sucedeu-me algumas vezes, mas talvez a mais marcante seja o momento do nascimento do meu filhote.

A angústia, já a contei antes aqui no blog.

A revolta face a simpática e elegante J enfermeira também já relatei.

O que não vos contei foi o episódio mais estúpido da noite:

Quando fizemos o check-in, não acreditei que seria o dia.

Quando a Vera entrou na maternidade, achei que seria apenas para voltar passados alguns momentos com uma forte reprimenda de uma qualquer profissional de saúde, sempre tão prestáveis e simpáticas.

Mesmo quando me pediram para trazer a mala, ainda assim pensei que aquilo fosse uma história para durar mais uns dois dias.

Estava tão convicto disso que, mal os meus pais chegaram a sala de espera da maternidade, e de eles me terem aconselhado calma um bilhão (ou será bilião, ou será milhar de milhão, what ever …. ) de vezes, foi tratar de uma tarefa importante.

Tão importante que me fez abandonar o plantão na sala de espera da maternidade.

Fui pagar a conta do telefone – detesto-me por isso!!!!

Desci os 3 andares até ao ATM e como bom cidadão, tratei de saldar as minhas contas.

Enquanto isso, uns 9 metros acima, os pulmões do meu filho inspiravam as primeiras golfadas de ar, o seu coração bombeava sangue a um ritmo como nunca o havia feito ou o voltará a fazer, e a sua gargantinha emitia os primeiros choros estridentes. (pela amostra dos meses seguintes quase tenho pena do médico)

E eu no ATM… L

Dá que pensar como a vida por vezes é injusta por não nos dar o privilégio de viver alguns momentos como sonhamos com eles, ou seja de forma a serem momentos perfeitos.

Quando cheguei junto daquele que deveria ter sido o meu posto ao longo da noite, encontrei a minha mãe e os meus sogros infectados de uma alegria contagiante.

A minha semente não só tinha nascido, como os avós já o tinham visto. Aqueles comentários pareciam-me estranhos. Não conhecia ninguém que estivesse menos de umas três horas em trabalho de parto. Não concebia que o meu filho não tivesse esperado por mim e tivesse nascido enquanto eu tinha a barriga encostada ao ATM.


Enfim momentos que poderiam ser perfeitos …..


Pedro

domingo, 22 de março de 2009

De volta …

Sabem, não tenho tido muito tempo.

Apesar do contra censo que esta afirmação é em si, acreditem que não tenho tido muito tempo.

Para alem do trabalho, também a saúde não tem ajudado.

Para superarmos os baixios da nossa vida e conseguirmos estar de volta ao nosso melhor, nada melhor que reflectirmos sobre o que verdadeiramente somos.

Deixo-vos alguns pensamentos sábios de Mahatma Gandi

Ajuda-me a dizer a palavra da verdade na cara dos fortes, e a não mentir para obter o aplauso dos débeis.

Se me dás dinheiro, não tomes a minha felicidade, e se me dás forças, não tires o meu raciocínio.

Se me dás êxito, não me tires a humildade se me dás humildade, não tires a minha dignidade.

Ajuda-me a conhecer a outra face da realidade, e não me deixes acusar os meus adversários, apodando-os de traidores, porque não partilham o meu critério.

Ensina-me a amar os outros como me amo a mim mesmo, e a julgar-me como o faço com os outros.

Não me deixes embriagar com o êxito, quando o consigo, nem a desesperar, se fracasso. Sobretudo, faz-me sempre recordar que o fracasso é a prova que antecede o êxito.

Ensina-me que a tolerância é o mais alto grau da força e que o desejo de vingança é a primeira manifestação da debilidade.

Se me despojas do dinheiro, deixa-me a esperança, e se me despojas do êxito, deixa-me a força de vontade para poder vencer o fracasso.

Se me despojas do dom da saúde deixa-me a graça da fé.

Se causo dano a alguém, dá-me a força da desculpa, e se alguém me causa dano, dá-me a força do perdão e da clemência


Se não esgotam o que podemos aprender dos outros, pode pelo menos nos ajudar a ser melhores uns para com os outros.

Como Jesus Cristo disse: faz aos outros o que esperas que eles te façam a ti.

Juntos, construamos um mundo melhor.

É bom estar de volta

Pedro